quarta-feira, 7 de abril de 2010

too cool

Não sei quem inventou que é mais importante ter do que ser, mas pior do que isso é quem acreditou.

(Não estou falando do carro do ano, da roupa da moda, de fama ou dinheiro).

Não fui àquele lugar. Não vi aquele filme. Não conheço aquela banda. Não li aquele poeta.

Não tenho esse conhecimento. Mas tenho tantos outros...! E, além disso, eu tenho vontades, gostos, sentimentos. Você tem?

[E eu julgo também, mas eu julgo bem julgado! Humpf!]

Muita pose + pouco sentimento = eu irritada.

5 comentários:

. disse...

gente metida a cool me irrita horrores!!!

haha, que engraçado, eu tava nesse segundinho irritada com um pouco de pose, e pensando nisso ("por que me irrita?").

me irrita o julgamento, e me irrita mais ainda eu acreditar no julgamento dos outros (e me sentir mal por estar curtindo algo que eu na verdade curto mesmo).

aí lembro que não sei mesmo qual é a banda que todo cult que é cult tem a discografia completa, mas, no fim das contas, a gente curte mais. porque a gente curte o que curte, sem preocupação!

.: Tatiana Monteiro :. disse...

Clarice Lispector, como em muitas e muitas ocasiões, sintetiza de forma singular alguns daqueles mais rebuscados sentimentos comuns. Diz ela, "E ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão.".
Nossas singularidades nos fazem incomparáveis. Julgar, desta forma, é apenas uma forma imperfeita de se expor; o que pensa, o que gosta, o que tem, o que é... torna-se O parâmetro. E irrita quando a exposição própria é tão grande que tenta se sobrepor às particularidades alheias.

Unknown disse...

É! as hipocrisias irritam mesmo.

.: Tatiana Monteiro :. disse...

tá sem tempo até pra se irritar, Ju?
rs
beijoo!

.: Tatiana Monteiro :. disse...

(me irrita o egoísmo)
junho é um bom mês para escrever...
ahuauahau
beijo, Ju!
;]